sábado, 4 de março de 2017

Um grito de angústia - EXPRESSIONISMO


The Scream - Sebastian Cosor - Safe-Frame.com from Sebastian Cosor on Vimeo.


Nos primeiros anos do século XX diversos artistas começaram a buscar modos mais expressivos de pintar. Ao invés de se concentrar sobre o aspecto dos objetos, queriam explorar o vasto território das emoções humanas. Começaram então a intensificar as cores e exagerar as formas para comunicar sensações fortes, especialmente as que beiram o desespero. Esse estilo se tornou conhecido como EXPRESSIONISMO.

Um grito de angústia


O Expressionismo foi influenciado pelas obras de Vincent Van Gogh, que já fugia do positivismo impressionista com suas pinceladas mais agressivas e lineares, mas sua produção acabou sendo encaixada no chamado pós impressionismo.
O artista que irá efetivamente se destacar como pintor expressionista é o norueguês Edvard Munch que teve seu trabalho focado nas tristezas da vida, doença, morte e a solidão. Dizia que queria que sua obra mostrasse "seres humanos que respiram, provam emoções, amam, sofrem "como seguramente acontecia com ele. Sua mãe e sua irmã, de fato, morreram ainda jovens de tuberculose e ele mesmo era frequentemente doente.

O vídeo acima, um grande achado dentro do mar de informações denominado internet, é um curta metragem que reflete com muita sensibilidade a obra prima de Munch O grito, cuja sonoplastia psicodélica da banda britânica Pink Floyd se encaixa fielmente à angustia que o artista quis retratar. 
O Grito é uma  das mais famosas imagens expressionistas. Munch fez várias versões dela, que vão da pintura a óleo das cores estridentes até a deprimente gravura em branco e preto. Em todas tem uma figura magra sobre uma ponte, em uma paisagem perturbante: parece segurar a cabeça por causa da dor, como se estivesse presa a um estado de angústia, e um grito estridente que ecoa infinitamente...
Em outras obras Munch aponta também sentimentos como a solidão, única companheira de viagem e a alucinação como evidência de um mundo agitado.
Com os exemplos desse grande artista, podemos perceber como o expressionismo se fortalece como um método que reflete o ser humano como protagonista absoluto, e que seus temas remetem aos grandes dilemas da condição humana: O trajeto vital para a morte.

Tudo isso sendo representado por meio de figuras deformadas, o olho quase nunca é fielmente representado, a preferência pelo trágico e sombrio, as cores fortes misturadas ou separadas, com a presença da marca do pincel na tinta quase empastada.

É a expressão pessoal como direito adquirido pelo artista para a pintura e para a arte que sai da submissão da representação da realidade e passa a abrir os caminhos para um futuro de realizações criativas, mostrando a linguagem expressiva como válida na linguagem plástica contemporânea.


Saudações expressionistas
Carla Camuso


Fontes consultadas:
Coleção Folha.  Grandes Mestres da Pintura: Edvard Munch - Biografia , 2007.
DICKINS, Rose. La Storia dell'arte occidentale - Edizioni Usborne

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